Um dia triste pela notícia da morte do nosso amigo Laércio, um dos poucos funileiros que realmente sabia mexer com Dodge ... Ele estava passando por uma fase muito difícil, desde o falecimento da esposa no ano passado até o fechamento da oficina. Na segunda feira estive com ele pela manhã, combinamos que ele ficaria um tempo no Museu do Dodge, fazendo alguns serviços e arejando a cabeça ... Levei ele de volta até a casa dele em Campinas e me despedi, com tudo acertado para que ele levasse as ferramentas para lá, etc ... Mas a pressão foi grande demais e na terça pela manhã ele se suicidou ... Uma pena, realmente muito triste ...
Como uma pequena homenagem, segue a foto de um dos Dodges que o Laércio restaurou ...
A vida segue ...
Ontem chegou ao Museu a nossa última aquisição. Um Dart Coupé 71 verde fronteira que conheço há 22 anos e que tem apenas 12.000 km ... Uma verdadeira jóia ...
Coisa linda, não ?
Para amortizar parte do que foi gasto com a compra deste carro, coloquei o Magnum vermelho alcazar a venda, e ainda não apareceu compradores. Preciso vender. Façam suas propostas, seus carnêzinhos ...
Quer uma opção mais em conta? Que tal um raríssimo e exclusivíssimo Magnum 79 preto de fábrica ?
Esse é para ser restaurado, mas custa a metade do outro, R$ 25.000 ...Vou vender um só, o que for primeiro, o outro fica ...
Ainda ontem o R/T 72 fenix foi para o Museu e o Jeferson foi junto para fazer pequenos acertos:
1) Colocar o frisinho da coluna A no R/T 74 amarelo cítrico
2) Colocar no Charger 71 ouro espanhol os frisos de capô que vieram nele de fábrica. Quando nós restauramos ele, colocamos um par de frisos de capô novos, reprodução. E mandei os originais para serem restaurados pelo Juruna ... Os frisos ficaram prontos há mais de 2 anos e agora, finalmente voltaram para o carro. Os frisos reprodução foram guardados para um próximo carro ...
3) Dar uma alinhada na grade do R/T 72 verde igarapé ... Há tempos eu achava que a grade deste carro estava um pouco mais baixa do que deveria ... Agora está na posição correta ... Coisa de milímetros, mas para um psicopata, já viu né ...
4) E, naturalmente fazer companhia para o R/T 72 cinza fênix na viagem !
Como vcs podem ver o prédio do Museu está começando a ficar pequeno. E no momento não tenho recursos para começar a obra do segundo pavilhão ... Quem puder indicar patrocinadores para o Museu, seria a forma de salvarmos mais carros ....
Enquanto isso na oficina, o R/T 72 vermelho xavante foi para a montagem, dividindo a sala de montagem com o LS 73 turquesa, já na reta final ...
Por enquanto é só ...
Abraços,
Badolato
Badolato, sua energia é algo realmente impressionante! Parabéns!
ResponderExcluirLAMENTO POR UMA ALMA QUE SE SUICIDOU, ELE TAMBEM FAZ PARTE DESTA HISTORIA DE RESTAURAÇÕES.
ResponderExcluirQUANTO AS DIFICULDADES ELAS SEMPRE NOS ACOMPANHAM,MAS PRÁ QUEM JÁ CHEGOU ONDE VOCE CHEGOU E QUANDAS BARREIRAS JÁ FICARAM PRÁ TRAS. OS RESULTADOS NÓS JÁ CONHECEMOS, SÃO DIGNOS DE UM VITORIOSO.
Se não fosse você, onde estariam estes carros agora ?
ResponderExcluirCertamente apodrecendo em algum lugar ou servindo de doador de peças para outros carros.
Nesse ritmo certamente perderíamos grande parte da nossa história.
Parabéns!
Alê,
ResponderExcluirPassei o dia mais triste ao saber da notícia. Não conheci o Laércio pessoalmente, mas ouvi sempre falarem muito bem dele. Realmente uma tragédia o que aconteceu na vida dessa pessoa, muito ruim partir dessa maneira, mas como vc. mesmo disse, life goes on...
Agora, quanto a esse Dart 71 Fronteira...Rapaz, é de cair os dentes de tão novo !!! Me tira uma dúvida: era aquele que foi do Osada, não ? Se foi, eu tenho fotos dele aina com as placas amarelas...Esse carro me impressionou tanto na época (1980 e guaraná de rolha, hahahah !!), que depois de vê-lo em uma exposição eu definitivamente decidi ter o meu primeiro Dodge...E olha que nessa época eles ainda eram baratos !!!!
Sobre o espaço, eu concordo contigo: precisa mesmo arrumar algum patrocínio forte na jogada, vamos fazer contatos, quem sabe um novo Mecenas apareça logo...
Moparbraço direto da Fronteira Sul, meu camarada !!
Badolato, sinto muito pela ida do Laércio, parece que vc perdeu um bom parceiro...espero que ele encontre a luz...quanto ao LS 73 turquesa, não vejo a hora de conferir as fotos...esse carro vai ficar maravilhoso...um abraço...
ResponderExcluirBadolato,
ResponderExcluirLamento pela morte do teu amigo funileiro. Uma pena ele não ter suportado a pressão da situação.
É a primeira vez que posto comentários aqui, apesar de já ter lido todo o conteúdo do blog. Quero te dar os parabéns pelo trabalho. Tomara que consiga recursos erguer o novo pavilhão. Você trata bem os Dodges.
Eu to disposto a ajudar. Vamos fazer uns eventos aí no Museu pra arrecadar fundos para o novo pavilhão. Como jornalista, posso fazer a assessoria de imprensa e todo o material gráfico. Facilito. Aceito Dodges como pagamento, eheheh. Esse pretinho já me caía bem como primeiro Mopar.
Desculpa a brincadeira aí e segue em frente.
Abs,
Lamentavel o acontecido com o laercio.
ResponderExcluirFoda...
E esses carros heim, locura.
Só não entendi a Viagem do RT fenix.
Abraço.
Orlandinigarage.blospot.com
Orlandini
Badolato, já pensou em fazer do museu uma OSIP? Acredito que conseguiria mais recursos para o museu. abs
ResponderExcluirhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_da_Sociedade_Civil_de_Interesse_P%C3%BAblico
O Lalá (como era carinhosamente chamado) foi um cara que definitivamente mudou o rumo da história dos Dodges nacionais. Com suas restaurações perfeitas e suas laterais de vidro, de tão lisas, vai deixar sua marca na história do antigomobilismo nacional como um artista, não um funileiro. Estou passada com o acontecido e sinto muitíssimo a grande perda. Grande abraço, Badola.
ResponderExcluirRealmente uma triste história para este tão reconhecido profissional. Bom, que descanse em paz.
ResponderExcluirBadola, tira o escorpião do bolso e começa a construção do novo galpão logo. E cobra ingresso nas visitas!
Ah, e seu fosse vc venderia o Dodge preto, rsrsrsr.
Inté!
Caramba ,
ResponderExcluirsó tinha ouvido falar muuito em "Laercio" ... lamentável ...
Sobre o museu e seus carros , indescritivelmente APAIXONANTE
PARABÉNS!
Lamentável, Mas uma lenda que se vai . . .
ResponderExcluirAbraços !
Laércio, amigão do peito, de vir em casa, tentamos ajudar no que dava, resolveram a vida dele na segunda-feira... e na terça ele comete esse terrível engano, deixou filha, mãe, irmãos e amigos completamente estarrecidos, pior de tudo, meu amigo faleceu no dia do meu aniversário, enquanto comemorávamos em casa a família dele estava desesperada procurando por ele... é Laércião, descanse amigo e que no céu existam muitos dodges e V8taço!
ResponderExcluirO Lalá foi meu parceiro, pensei que estava tudo resolvido mas ele deu uma despistada nos amigos, uma pena.
ResponderExcluirNão acredito que exista algum profissional no mundo dos Dodges que faça o carro com o amor que ele fazia, ele não fazia pensando no retorno financeiro e para dizer que era o bom, fazia com amor pelo Dodge e pela felicidade que o dono passaria a ter com o Dodge, ele era diferente.
Estou com o coração apertedo, sentirei demais a falta dele.
Que Deus cuide muito bem do Lalá pois quando eu chegar lá vou perturbar muito a vida dele como sempre fiz.
Abraços,
Lincoln
Falando de coisa boa agora; este 71 é a coisa mais zero e animal do mundo! Ficou guardadinho na cápsula do tempo para ir direto ao Museu do Dodge, melhor lugar impossível!
ResponderExcluirO 74 cítrico está demais, o 72 Fênix nem se fala! Dos outros não vou falar, apenas digo babo em todos!
Abraços,
Lincoln
pessoal..
ResponderExcluirme cadastrei aqui apenas para deixar essa mensagem..
conheci o Laércio em 1986, puxando meu carro de uso no cyborg, pois vivia fazendo minhas besteiras e indo atrá dele para livrar a minha cara lá em casa...
apresentei ele para o Lincoln na mesma época e depois de muitos anos eles desenvolveram em conjunto esse amor pelos dodges que creio tenha contaminado muitos de vocês..
ele era perfeccionista por vocação, o que desperta em alguns pobres de espirito essa frescura de ficar se mordendo por conta de frisinhos e similares e sempre estava buscando a perfeição, inclusive nos lugares que fogem aos olhos...
ele se dava bem com todo mundo e nunca foi louco como ouvi buxixos em rodinhas de pessoas que não o conheciam... estava sim passando por momentos dificeis com a perda da esposa (Rogéria - Dona Onça para os íntimos,)uma ação trabalhista daquelas que só existem no Brasil que o deixou com medo de perder a casa que morava...
as restaurações iam a passos de tartaruga, muitas vezes pela dificuldade dele se focar, pois toda hora parava para bater papo ou ajudar alguém, mas ninguém conseguia ficar com raiva dele (apesar de estar me deixando louco na sua última restauração do RT 71 boreal que vendi para o Pedrão e entreguei em 19/11)...
quando fiu na sua oficina em 23/11, após ser avisado do seu sumiço, deparei com um caminhão de bombeiros e 2 carros da polícia na porta e o resto vocês já sabem...
estou com uma tristeza e uma sensação de impotência tão grande que não consigo explicar...
peço que, qualquer que seja a religião, rezem pela filha dele(Iara)que está num estado desesperador, sem pai nem mãe agora...
gostaria que soubessem que ela sempre foi o orgulho da vida dele, estudando de dia e trabalhando a noite, e que ele foi sempre um pai exemplar e dedicadissimo que apenas cometeu um ato desesperado..
Fique com Deus me amigo !!!
Triste noticia sobre o Laércio, tive o prazer de conversar com ele apenas uma vez, mas com certeza era um dos melhores, senão o melhor no que fazia, tenho o R/T Verde Tropical do Linconl como ícone de excelência em restauração.
ResponderExcluirAbracos!
Adriano Simon
Olá,
ResponderExcluirTb estou me cadastrando só para deixar uma mensagem sobre o Laercio... Tb "sofri" um pouco com as suas demoras, já que no ano passado ele intermediou a compra do meu Dart 76 (um azul com uma caveira no capô que ficou um bom tempo na frente da oficina). Ele ficou de pintar as rodas e dar um retoques na pintura pra eu poder retirar, e é claro que isso levou alguns meses... Rerere. Sem problemas, pois isso era pretexto para eu sempre passar lá de sábado e ficar trocando idéia. Realmente o Laércio era um cara muito puro e amava o que fazia, por isso mesmo eu e minha família ficamos extremamente chocados quando ficamos sabendo. Espero que algum dia ele encontre a paz que merece. Por aqui nós rezamos por ele...
Falando do assunto que ele mais gostava, meu Dart 76 com frente de Dart 72 (com certeza a mais bonita...) continua azul, porém a caveira foi embora. Já reformei muitas coisas e agora ele está no Taciro tendo a suspensão revisada, mas queria dicas do grupo para acertar detalhes do carro como: fixação do olho-de-gato externo, conserto da trava das portas, conserto da manivela do vidro, reforma das borrachas das portas, instalação de frisos em geral, etc... São pequenos detalhes, mas queria levar num lugar legal na região de Campinas / Jundiaí. Ajudem-me se possível...
Abraços a todos!!!
Bruno Giacomo
Eu fui na oficina dele uma vez uns meses atrás e ele me comentou sobre a perda da mulher. Quando fui lá, ele estava trabalhando com um Charger R/T laranja placa preta. Obra de arte mesmo. Soube da morte dele hoje, após deixar o carro para fazer a suspensão/freio e tinha um R/T branco de placa preta lá na oficina (Taciro)... Daí isso puxou o assunto sobre o trabalho dele e soube da morte. Foi só uma conversa para saber que ele era gente boa. Para quem conviveu com ele por um bom tempo, e teve mais oportunidade de apreciar o trabalho dele, meus sentimentos.
ResponderExcluirVitor