Quando a gente começa a restaurar um carro, quer sempre por o que há de melhor nele ... E se nos Dodges já é muito difícil encontrar peças de acabamento novas, o que dirá das duas GTX que estou restaurando ??
Uma delas, muito especial, é uma vermelho indianópolis que eu comprei no Capão Redondo de um senhor que tinha ela desde o início dos anos 70 ... Ele ficou quase 40 anos com o carro, foi seu carro de uso durante muito tempo, acumulou peças de reposição ... Mas depois ficou difícil colocar ela de volta para funcionar e, alguns anos depois, eu a comprei ...
Estou restaurando este carro com muito carinho ... O senhor chorou o dia que o carro foi embora, e vou fazer questão de voltar lá, para ele andar no carro zerado e ter certeza de que vendeu para a pessoa certa.
O GTX quando chegou na oficina
O interior, gasto mas original
Bom, mas a história de hoje não tem a ver com o carro, mas com o volante dele ...
No encontro de Águas de Lindóia de 2009 conheci o Waltinho, filho do Walter Rodrigues, o criador da WalRod ... (engraçado que tem gente que acha que WalRod é um nome americano, fala até com sotaque .. kkkk ) ...
Obviamente minha primeira pergunta foi se ele tinha alguma coisa de volante de Dodge ainda lá na fábrica, e ele me disse que nada, nem cheiro ... Mas me disse que tinha um miolo novo de volante de GTX ...
Opa ... Interessa ... Perguntei se ele não restauraria o volante da minha e ele me disse que não fazia mais este tipo de serviço, mas topou ...
Se passou um bom tempo, até me esqueci do volante, até que ele liga dizendo que o volante estava pronto. Pedi para o meu funcionário buscar ... Quando chegou em casa cai de costas:
O cara não só me entrega o volante ABSOLUTAMENTE ZERO, como dentro de uma caixa fechada da WalRod !!!!!
Acho que foi uma das coisas mais legais em todas as restaurações que fiz até hoje: o volante ser restaurado por quem o fabricou 40 anos antes ....
Essa história já tem mais de ano, mas estava fuçando umas fotos aqui e vi a do volante, daí resolvi escrever ... O carro ainda não está pronto, mas o volante está aqui na minha casa e pelo menos a cada 15 dias eu vou lá, tiro ele da caixa e passo bons minutos olhando para ele ...
Abraços,
Badolato
Badolato
ResponderExcluirRealmente uma historia fantástica. O prazer de pegar uma peça como esta nas mãos não tem preço. Mas quem tem amigo tem tudo!
Abração
Cuti
Badolato, cara estou boquiaberto, com esse volante, meus parabens!!!!!!
ResponderExcluirAbracos
Adriano
Badola!!!! Dá vontade de nem usar o volante! Que coisa louca !!! Acho que as GTXs mereciam um capítulo no próximo livro....
ResponderExcluirParabens Badolato,
ResponderExcluirA vida e assim mesmo, ela nos reserva surpresas...
Coisas boas, acontese para pessoas boas...
Abraços,
Lucas.
Badolato,
ResponderExcluirConsidero esta a verdadeira essência do antigomobilismo: buscar pela originalidade na medida do possível e encontrar pessoas (e que invariavelmente se tornam amigas pela identificação dos ideais) que gostem e possam auxiliar numa restauração. Parabéns a você pela restauração dos GTX, e principalmente ao Sr. Waltinho pelo gesto e desprendimento. O projeto de restauração não poderia ter melhor incentivo e sem dúvidas estará coroado com esta magnífica peça. Me imagino no lugar daquele senhor ex-dono do carro ao revê-lo. Não poderia te-lo entregue em melhores mãos. Fantástica história.
Abraços,
Irapuã
OIIIIIIIO. Grande BADOLATO. É sempre um prazer ver os carros do museu e a dedicação e o esmero das restaurações.
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