Caros,
Carro tem que andar ....
Carro quanto mais anda, melhor fica ... Vejo o exemplo do meu Road Runner 70. Como ele fica aqui em casa, estou sempre dando uma saída com ele. Resultado ... está sempre redondo. Bate na chave e pega ... e pode por na estrada.
Já os carros do Museu não andam tanto quanto eu gostaria. A cada 15 dias eu vou lá funcionar um número de carros, andar com eles, deixar funcionando no sol queimando gasolina velha e quando possível ir até um posto Petrobrás há uns 20 km de lá, abastecer com Podium.
O legal da Podium para antigos é que ela dura muito no tanque, não estraga tão rápido quanto a gasolina comum. Então é por este motivo que uso ela ... Não pela maior octanagem, pois com a taxa de compressão usada nos Dodges nacionais não faz diferença ...
Mas, há uns 2 meses atrás, fui para o Museu para fazer uma grande movimentação de carros por conta de uma matéria para uma revista.
Quando vou fazer estas movimentações, sempre levo gente para ajudar ... é um tal de tira bateria, põe bateria, funciona, tira, põe .... E nesta vez em particular pedi para uma pessoa buscar gasolina no posto Petrobras. A pessoa provavelmente entendeu errado e foi num posto mais perto, de nome parecido ... Só me dei conta quando já tínhamos abastecido 4 carros com a tal gasolina. O pior foi quando a gasolina pingou no chão, e imediatamente manchou a resina de forma irrecuperável, prova do tanto de solvente que ela continha.
Vocês podem imaginar a minha alegria ...
Pior foi que, dos 4 carros abastecidos, 3 foram avariados pela gasolina nojenta ... O pior é que é um posto muito movimentado, na rodovia, que centenas de pessoas abastecem todos os dias .....
O resultado é que das duas últimas vezes que fui para o Museu, ao invés de funcionar carros que estava há algum tempo parados, tive que gastar tempo arrumando o estrago da gasolina nojenta: drenando tanque, trocando bomba de combustível, reparo de carburador ...
Sexta feira última fomos para lá com uma bomba de gasolina nova para a GTX 69 bronze e levamos de volta um carburador que tinha vindo para ser reparado ....
Minha vontade era de denunciar o posto, mas não tenho um único comprovante da compra, já se passou um bom tempo e nem sequer fui eu quem fiz a compra pessoalmente ... Complicado ....
Bom, mas na sexta-feira ainda deu tempo de funcionar o Plymouth Super Coupé 78 e um estranho no ninho que está contingencialmente guardado no Museu, um Pontiac Turbo Trans Am 81 ...
Os dois carros são belos representantes dos esportivos americanos do final dos anos 70 ... Pouca coisa havia sobrado de interessante, e esses dois carros são, na minha opinião, o que havia de mais interessante na época,
O Super Coupé era um F-Body de produção super limitada, apenas 494 Plymouth Super Coupé foram produzidos, exclusivamente em 1978 ... Ele vinha de fábrica com um 360 4-V, bancos separados, câmbio automático no console, rodas tala 8 polegadas, paralamas alargados.
A Turbo Trans Am só foi disponibilizada em 1980 e 1981. Vinha com um V8 301 turbo, turbina Harrison. Em 1981 a GM estava em plena política de reduzir custos com os motores corporativos e mandou a Pontiac para com o 301, deixando o modorrento Chevrolet 305 como única opção de V8 para a linha 1982 ...
1978 Plymouth Super Coupé X 1981 Pontiac Turbo Trans Am
Tinha tempo de ir até o posto Petrobrás uma vez, e resolvi ir com os 2 carros, eu com um e o Paulo que me ajuda com a mecânica dos carros em outro. Já fazia tempo que eu queria dar uma experimentada nos dois juntos para sentir qual era mais forte: o 360 4V ou o 301 Turbo ? Brincadeira divertida para uma sexta feira.
Na ida fui com o Super Coupé ... Entrei no asfalto e tive uma surpresa boa ... Acostumado com o Duster 79 que tem o motor Super Six 225, quando o segundo estágio do quadrijet abriu eu dei um sorriso ... Bom ... Volante leve, preciso ... O carro tem apenas 560 milhas ! Nunca foi usado. Pneus de fábrica. A idéia é dar uma experimentada, mas sem abusar.
Alguns kilometros na vicinal, aquelas duas máquinas cor de vinho chamaram demais a atenção. Quando entrei na rodovia mesmo, rapidamente o velocímetro acabou. Pudera, o bicho marca apenas até 85 MPH ... Coisas da época de vacas magras, entre a primeira e segunda crise do petróleo no caso do Plymouth e após as duas, no caso da Pontiac ...
Chegamos no posto, abasteci o Plymouth com Podium. O Pontiac tinha sido abastecido recentemente.
Trocamos de carro. Eu peguei o Pontiac e deixei o Plymouth para o Paulo. A primeira grande diferença é a posição de sentar, mais baixa no Pontiac. O volante também é leve e preciso, como o do Plymouth também pequeno ...
A maior diferença está no comportamento do motor turbo. Quando atinge determinada rotação, de pé embaixo, o carro dá um soco ... Ás vezes coincide com a troca de marchas do câmbio automático e o soco é ainda maior ....
Qual anda mais ? Tanto na ida quanto na volta, ou seja, com ambos os "pilotos", o Pontiac levou uma certa vantagem.
Quando eu estava com o Plymouth e entrei na rodovia, sentia o Pontiac chegando pelo retrovisor, mesmo com o pé embaixo ... Quando troquei de carro, sentia o Plymouth ficando para trás, principalmente nas subidas ...
Muito legal, muito divertido ... Mas era hora de voltar para São Paulo ... Fim de brincadeira ...
Dois R/Ts vão, um R/T vem ...
Não atualizei o blog por algumas semanas por total falta de novidades relacionadas às restaurações ... Tem hora que não acontece muita coisa, dá até um desespero de se pensar nos carros que ainda tenho por restaurar e no tempo que leva cada restauração.
No último (ou penúltimo) post, disse que venderia dois carros para liberar espaço. E nos últimos dias acabei me desfazendo de 2 Charger R/T: um R/T 73 e um R/T 78 ....
O R/T 73 que vai embora é o vermelho nascente. Carro espetacular, todo original, pouquíssimo mexido. E por que eu vendi então ? Porque estou finalizando a restauração do R/T 73 vermelho índio e ele está ficando tão lindo, mas tão lindo, que não faz tanto sentido ficar com o outro vermelho.
O R/T 78 é um carro que merece restauração. Todo matching numbers, placa do ano, plaqueta nunca saiu do lugar ... Teve o azar de ter a cor bege indiano sobreposta por um horroroso laranja General Lee ... Um pouco antes de vendê-lo, consegui um teto de vinil original de época, lindo e maravilhoso ... Vai ficar perfeito.
Ambos os carros vão ficar lindos e zero. Acertei com os respectivos compradores dos carros e vou fazer a restauração dos carros para eles.
Bom, como diz a tal Lei da Atração, que segundo meu amigo Jafet, quando você se desfaz de algo abre espaço para atrair outra coisa.
E eis que, graças a dois grandes amigos meus, um carro espetacular acabou caindo nas minhas mãos ontem ... Darei detalhes mais para a frente, por hora fica a foto, que vale mais do que mil palavras ....
Abraços,
Badolato