Caríssimos,
No post de hoje, outro morador do Museu, desta fez um Le Baron 81 marrom café ...
E, contrastando com o post anterior do Le Baron 79 preto, este é um carro que nunca foi restaurado, sequer foi desmontado. E por não ter sido restaurado, apresenta uma originalidade máxima, apesar de alguns defeitos e marcas do tempo ...
Por exemplo, na lateral traseira tem uma marca de uma tentativa pífia de polimento feita por um ex-proprietário. A tinta praticamente acabou neste ponto, expondo um pouquinho do fundo ... Aí a dúvida ? O que fazer ? Retocar não dá, pois a tinta original do carro é acrílica e trinta em reação com o material da tinta nova ... Pintar a lateral toda ? Aí a pintura nova da lateral destoaria com a pintura antiga das portas e tampa do porta-malas ... Solução ? Dar uma boa encerada e deixar como está, originalíssimo e com alguma pátina do tempo ...
O que é melhor, manter ou restaurar ? Depende do carro ... No caso deste Le Baron com apenas 79.000 km optei por manter ...
Qual vale mais, os restaurado à perfeição ou o original gasto ? Para mim os dois valem a mesma coisa, desde que a restauração não possa ter sido evitada ...
Por ser absolutamente original, este carro é testemunho de um momento interessante na história da Chrysler do Brasil ... Este carro já era VW Caminhões, plaqueta VW, interior com veludo padrão VW (impecável), padrão de tinta VW ... E, em termos de Le Baron, uma aberração: vidros BRANCOS (inclusive o parabrisa degradê) e rádio ao invés do toca-fitas Motorradio Chrysler ... Se já tivesse sido desmontado, sempre pairaria a dúvida dos vidros terem sido trocados ... Como ele é absolutamente virgem, não há como ter dúvidas da originalidade dos vidros brancos ...
Abraços,
Badolato