quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Carro antigo é investimento ???????




Carro antigo é investimento ???




Estava almoçando hoje, em Nova York, com um amigo que sabe por cima dos meus carros ... E ele soltou a pergunta : “Carro antigo é investimento ?”

Faz tempo que penso sobre isso, e há bom tempo que penso em escrever algo sobre o assunto .... Não sei se estou nas melhores condições etílicas para tal (acabei de mandar uma garrafinha de um caberbet franc california), mas vamos lá ...

Investimento é aquilo que você faz buscando:

i. Proteção do seu capital , ou

ii. Crescimento do seu capital

A partir desta definição, podemos dizer sim que carro antigo pode ser um 0 investimento uma vez que a tendência dos preços dos antigos normalmente é de subir... Mas vários pontos devem ser considerados.



1. Valorização



O que determina a valorização de um bem é a oferta e procura ... Um carro antigo tende a valorizar pois sua oferta é finita, limitada ... não vai se fazer mais carros ... ou seja, com uma procura constante, a tendência é de valorização. Mas a procura de um determinado modelo, ou estilo pode cair, fazendo os preços cairem mesmo com a oferta reduzida ....

Um exemplo são os Chevrolet 55-56-57, que há 20 anos estavam valorizadíssimos ... O que aconteceu nestes últimos 20 anos ? A procura não cresceu e os preços se estabilizaram ... Ou seja, quem guardou um Chevrolet 57 nos últimos 20 anos, apenas manteve o capital, na melhor das hipóteses ...

Porém neste meio tempo, os chamados muscle cars explodiram de preço, principalmente os mopar ...

Entre os nacionais, um Charger R/T top valia US$ 5,000 na melhor das hipóteses ... Hoje um R/T 71 ou 72 vale 12 vezes mais, pelo menos ... Uma baita valorização ...

Ou seja, precisa-se levar em conta a procura, o desejo ...

Mas existe uma regra básica, geralzona mesmo ....

IDADE DO CARRO VALORIZAÇÃO ANUAL

0 a 10 anos   ---    perda de 10% ao ano

10 a 20 anos    ---   estabilidade

Acima de 20 anos    ---   valorização média de 10% ao ano



Por este quadro, a época ideal de compra de um carro para investimento seria perto dos 20 anos, pois além de iniciar a valorização, pelo menos em São Paulo para-se de pagar IPVA ....

Ou seja, em 2011 a bola da vez são os carros 1991-1992 .... Mitsubishi 3000 GT, Subaru SVX, Dodge Stealth, Ford Crown Victoria, Chevrolet Caprice .....

Porém esta regra não pode ser levada como verdade absoluta, do contrário os Ford 1930, com seus 80 anos estariam valendo uma fortuna ... Os 10% ao ano são apenas uma referência, a oferta & procura é o que vale mesmo ...



2. Taxa de Custódia



Quando falamos em investimento em automóveis antigos, estamos falando em comprar um carro que vai se valorizar ao longos dos anos ... Não estamos falando de comprar por um preço e vender por um preço maior ... Isso é TRADE, não é investimento.

Trader é o cara que compra um Dart Coupé de um amigo apertado por R$ 20.000 e o repassa para outro amigo por R$ 25.000, com uma rentabilidade de 25% na operação ...

Investidor é o que compra o Dart por R$ 20.000 agora e vai vendê-lo por R$ 50.000 daqui a 10 anos ...

Porém neste caso temos que levar em conta a “taxa de custódia” do carro, ou seja, quanto ele te custa para ser mantido ... Custo de estacionamento, manutenção, licenciamento, tudo ....

No exemplo do Dart comprado por R$ 20,000 e vendido por R$ 50,000, o cidadão teve, em valores nominais, uma valorização de 150%, ou seja, de 15% ao ano ....



Porém se o cidadão gastou R$ 100 / mês de estacionamento, mais uns R$ 1.000 de manutenção/ano e uns R$ 500,00 de licenciamento, estamos falando de R$ 2.700 ao ano ... R$ 2.700 sobre os R$ 20.000 é 13,5% .... Ou seja, dos 15% de valorização, 13,5% foram gastos para manter o carro, deixando uma rentabilidade líquida de apenas 1,5% !!!!!!!!!

Ou seja, é muito difícil ganhar dinheiro investindo em carros antigos ...

O que faz a balança pender para o outro lado é saber que, ao invés de frios números em um extrato bancário, vc tem os carros lá para curtir a qualquer momento ...

E numa bancarrota mundial, onde os ativos de papel viram pó, você pode pegar seus possantes e sair por aí ...

Abraços,

Badolato (NYC, 12/jan/2011)

PS - Prestigiem os anúncios do Google, deem uma clicadinha em um deles cada vez que vcs entram no site ... Eles dão 1 centavo para o museu a cada clique ... Mas não exagerem, se não eles colocam como fraude e desabilitam o site

24 comentários:

  1. Excelentes reflexões, Badolato. Tb creio que a taxa de custódia é o preço do prazer em ter um antigo para curtir!

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  2. Carros antigos são um bom negócio, principalmente hoje (anos 10), onde a onda retrô de ressucitar um carro está em alta...

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  3. Alê, isto está relacionado também a quem está na fase ativa da vida, com $$ para adquirir. Generalizando (mesmo...), quem é louco por um R/T ou um Maverick, está na casa dos 35 aos 50 anos. Pois eram crianças ou adolescentes quando estes eram carros zero ou ainda vistos nas ruas. é o que acontecia há 20 anos com o trio de Chevys que você citou. Eu estou com 40 e não lembro de ver chevrolet 55 rodando. Nem de parente que tinha um quando eu era criança.

    No caso dos Dodges, Opalas, e outras peças dos anos 70, o adulto feito de hoje era o garoto de ontem. São os brinquedos de crianças crescidas.

    Eu não tenho a mínima intenção de colecionar Vectras, Monzas, Gols (opinião pessoal...) pois já eram de uma fase que a infância já tinha passado. Eles não me dizem nada ( e eu tive os três citados). Quando vejo um Magnum vejo muito mais que o carro. Mas estes outros carros com certeza povoaram o sonho de muitas crianças que estão entrando na fase adulta. E assim o ciclo continua.

    abraços Luis Vital

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  4. Vital, Eu tenho que discordar de você. Eu tenho 18 anos e sou loucamente apaixonado pelos muscles car dos 60's & early 70's, e sou apaixonado pelo V8 nacionais desde os 9 anos de idade. Realmente depois que já se é adulto dificilmente um colecionador irá adquirir um modelo digamos do mercado brasileiro, que não tenha participado de sua infância ou adolescência. Alguns mitos quebrm esta barreira.

    Acho que automóveis antigos não é um investimento, é uma paixão. Na maioria das vezes pode ser considerado um investimento pois não irá perder dinheiro, e sim mantê-lo.

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  5. É engraçado.... A principio eu concordo com o Vital, mas no caso dos Muscle Car - e mais ainda nos Dodges nacionais - existe uma grande quantidades de aficcionados que nasceu após o final da produção, ou seja, que não tem qualquer relação histórica com carro... Gosta porque gosta ....

    Interessante ...

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  6. já viram esse video? mostra a fábrica da Chrysler no lançamento do Dodge 1800 em 1973... emocionante ver as instalações históricas, que foram criminosamente demolidas pra virar depósito das Casas Bahia...
    http://www.youtube.com/watch?v=hEgaCpfFGsA&feature=related

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  7. Daniel, Alê, de fato, mas é mais exceção. Os Muscle Car são cada vez mais trazidos ao presente pelos filmes e pela mídia, o que faz com que fiquem imortais. Vide o "60 segundos"de 2000. "Vida Bandida" com o GTO. Programas de restauração, etc... Isso faz, como vc disse, que alguns mitos quebrem a barreira, fiquem imortais.

    Meus filhos mal aprenderam a falar e amam os Dodges, mas porque estes carros estão no dia a dia deles, todo dia antes de ir para escola eles passam pelo Charger estacionado. Chama o Magnum de "Dodge do vovô Elias". Foram ao Mopar desde que nasceram. Quando eles tiverem 18 e o Daniel a minha idade, eles serão aficcionados pela marca mesmo 50 anos após o final da produção no Brasil.

    Aliás, curiosidade, já dividiram a herança. Um fica com o branco e o magnum, o outro com o R/T. Ninguém quis o fusca, hahaha.

    Tem esse fator. Espero que ele não cheguem daqui trinta anos e restaurem um Corolla igual ao que a vovó (minha mãe) tem. Esse é o carro que busca eles na escola desde que entraram nela. Fazer o quê...

    Abraços

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  8. Esses dias pensei o porque dessa valorização dos Dodges e a conclusão foi semelhante a do Vital, tanto que o mercado dos Dodges deu uma "esfriada" e o dos Opalas está crescendo demais, justamente por causa da idade dos novos proprietários, que na infância desejaram aquele carro que era o assunto da cidade (pelo menos pra quem é do interior)ou da família. *Minha opinião.


    Acredito que para quem não pegou a época desses carros e mesmo assim deseja e curte os Dodges com certeza tem uma pessoa em qual se espelha ou é aficcionada por motores (no fim da história tudo acaba em Dodge)no seu meio, pelo menos foi o que aconteceu comigo.

    Tirando os modelos mais raros dos Dodges, acredito que em modo geral o preço se estabilize de agora em diante ou até venha a baixar.

    Desculpem se falei besteira, mas é a minha opinião.

    Abraços,
    Otávio F. M. Bussmann.

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  9. Tô inspirado para escrever.

    Um ponto que, se levado para o aspecto puramente financeiro, mata o hobby como investimento é a RESTAURAÇÃO.

    Um exemplo, meu 2p 73. O custo do carro e da restauração completa inviabilizam a venda, não que eu pretenda vender, sai pra lá!! Mas se, por exemplo, o custo total for de sessenta mil (incluindo o carro), o preço de um Dart se limita a bem menos do que isso. Para ser investimento ou pelo menos não se perder dinheiro demais, pensando só no aspecto financeiro, deve-se escolher modelos raros e desejados para pelo menos empatar. Pensando só no financeiro.

    Investir num Charger, neste aspecto, é mais interessante que num coupé ou num Magnum. A não ser que isso mude muito no futuro. O que pode acontecer, já que estão sumindo....

    abçs

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  10. Otávio, concordo com você. trabalho com muita gente na faixa dos 25 anos, a maioria esmagadora nunca ouviu falar em Dodges. Mostro as fotos e, é claro, todo mundo acha legal. Mas precisa ter um espelho, pai, avô, tio que influenciem. Ou um modismo como no caso dos filmes.

    No meu caso cresci no meio destes carros e meu pai era engenheiro de automóveis. Peguei o gosto bem cedo.

    abraços

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  11. Alexandre gostei muito de seu texto mas você esqueceu de um pequeno detalhe, o oportunista aquele que agarrou a onda do retrô o lançamento de alguns filmes e tirou proveito disto, não acho que um Dart 72 praticamente zero, um Opala SS 80 impecavél até msmo um XR3 conversivel 83 absolutamente novo não deva valer, clro que ele deve valer principalmente que ele passa de um carro para um bem cultural uma obra de arte. Mas na boa hoje cara anucia Maverick 78 4 cilindros sem nada e diz que vale R$ 35.000,00 que o carro pronto vale R$ 75.000,00. Desculpe mas para o cara pagar e gastar isto num Maverick quando criança ele teve overdose do Ford.

    PS: Apesar que todos na verdade não são investidores somos viciados

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  12. Verdade João.
    Ah! O mercado livre é uma BOSTA para se ter uma noção de carros, só tem charretes lá, e bem salgadas!

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  13. Interessante o texto e as opiniões expostas. Gostaria só de acrescentar um pensamento relacionado ao assunto, pois vivemos num mercado atual em que EU ACHO que 90% dos carros não serão colecionáveis, talvez uma ou outra pessoa acabe querendo manter em 2030 um carro que teve em 2010 por ter boas lembranças. Em resumo, seria como falar que o atual de hoje não vai ser necessariamente o colecionável de amanhã, salvo raras exceções.

    Me parece que existirão 2 fatores principais para isso, que são os modelos muito parecidos, comuns, sem grandes diferenciais, carros sem identificação e o outro são as pessoas, pois as que irão gostar/gostam de carro são as que influenciamos. Como o amigo disse, ninguém faz grandes elogios a um Corolla por exemplo, agora quando mostra um Dodge a um filho ou neto, a história é outra. Porém, posso estar redondamente enganado com relação a tudo isso, o tempo nos mostrará hehe!

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  14. Um carro que está valorizando muito,é o VW GOL GTI,em contrapartida,modelos como o Dodge 1800/Polara,continuam bem desvalorizados!!Mas eu ainda acho que isto vai mudar!!

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  15. Este comentário foi removido pelo autor.

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  16. Buenas!
    Não querendo entrar muito na seara do "investimento em um antigo" não se esqueçam de que a SATISFAÇÃO PESSOAL não tem preço, portanto como há pessoas que gastam numa reforma grande, mais de 20, 30 mil Reais num Fusca AP com nitro e som, ou a velhinha que ganha 12 mil de pensão do finado e gasta 7,8 mil Reais no bingo todo o mês (qual a diversão de um bingo???) tem incauto o que restaura e ou compra um muscle ou mesmo um "maveco" 4 cilindros por alguma razão que foge à regra... estacionamento? taxa de custódia? custo anual do bem? que nada, depois de sentar no auto, se bater arranque e ele pegar de primeira, quando começar a rodar isso tudo não existe mais!
    Tem coisas que acredito eu não se devem ser calculadas como a paixão,é claro que quando se tornarem perigosas ao convívio da familia e ou amigos , chegando às portas do vício é outra história, mas nao faltando comida na mesa e nem sapato pra esposa tá tudo bem(virabrequim atrás da porta da cozinha também pode dar incomodação!).
    Fica a minha singela mensagem:PAIXÃO NÃO TEM PREÇO A LOUCURA TALVEZ!

    Rafinha.

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  17. O apresentador e colecionador Jay Leno fez um texto interessante sobre o tema há alguns anos.

    http://parachoquescromados.wordpress.com/2009/07/19/o-futuro-do-presente/

    Abs.

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  18. Na verdade olhar como investimento é só para a gente não se sentir culpado de botar a maior parte do partimônio nos nossos carros ... Dá um conforto psicológico ... rs rs ...

    Abraços a todos

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  19. Badola, tenho uma coleção 1/18 que minha mulher odeia, hahahah, pega uma parede do apartamento !!! Outro dia falei que para os escala 1/1 só falta fazer a estante e aumentar a coleção! Quase me deu as contas, hahaha !!! Mas vou fazer um dia.

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  20. Me lembro de quando tinha 16 anos ( quinze anos atrás) e um mecânico que estava "enforcado" ofereceu para meu pai um Magnum inteirão com apenas 28.000 km por R$7.500,00. Brincando, hoje ele valeria 5x mais. Eu ja gostava muito de carros antigos, mas depois que o tal mecânico levou eu e meu pai para dar uma volta no carro eu fiquei completamente fissurado por dodge. Infelizmente meu pai acabou não comprando o carro (não foi falta de insistência da minha parte!) por não ter onde guardar, fato que causa grande arrependimento até hoje.
    Isto explica um pouco, na minha opinião, que a paixão por certos modelos de carro não depende da idade da pessoa e se ela viveu ou não a época deste modelo. Acredito que em relação aos dodges existe todo um mito que envolve a marca de uma forma muito peculiar.
    Outro dia estava parado no semáforo e um senhor no carro ao lado pediu educadamente que eu desse uma acelerada para que seus netos ouvissem o som do motor! Pela cara da molecada acredito que foram contaminados pelo vírus dodge!
    abraços.

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  21. Max, é isso mesmo. Outro dia estava saindo do prédio com meu Dart (outro dia faz 3 anos...) e parei para um pai passar com seus dois filhos. Ele parou, e pediu para que eu saisse da garagem que ele queria ver e mostrar para os filhos.

    Num outro dia, o carro fez um puta sucesso com duas gatas, que falaram "mas que carro mais lindo!!!!". Pena quer meu pai não estava junto, eram da faixa dele, hahaha !!!!

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  22. Vital,
    esse é um problema dos carros de época....atraem "gatas" de época também..rsrsrs

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  23. Tenho o prazer em ter um carro importado, com bancos, painel/forro da porta em couro, vidros elétricos, sensor de cinto de segurança, volante hidráulico, câmbio automático, porta-mala imenso, teto em vinil, bancos elétricos, medidor de óleo motor, medidor do carregador de bateria, ar condicionado e com um motor V8 já é o máximo, mas ele está com 41 anos. Vejam, com essa idade, é um show comparado com os carros lançados hoje. O seu nome é Mercury cougar XR7, quem conhece sabe o que estou falando, quem não conhece (como eu não o conhecia antes) se apaixona.

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